Esta síndrome é marcada por uma variedade de sintomas, incluindo dor severa, alterações na cor e temperatura da pele e inchaço, que podem evoluir e se intensificar com o tempo se não forem adequadamente tratados.
Assim sendo, diagnosticar e tratar essa síndrome requer uma abordagem multidisciplinar, combinando avaliações clínicas detalhadas e uma série de intervenções terapêuticas.
Acompanhe neste artigo!
A síndrome complexa de dor regional é uma condição de dor crônica que pode afetar membros como o braço, perna, mão ou pé após trauma (como esmagamento, fratura, queimadura, cirurgia), imobilização, lesão nervosa ou sem causa determinada.
É importante saber que a dor costuma ser desproporcional em relação à gravidade da lesão inicial.
Assim, podemos dividir essa síndrome em duas categorias:
Tipo I
Conhecida anteriormente como distrofia simpático-reflexa, esta forma da síndrome apresenta alterações autonômicas, motoras e sensitivas que se estendem além da área da lesão inicial.
Essas manifestações surgem em resposta a uma lesão tecidual que não envolve uma lesão direta de um nervo periférico.
Tipo II
Esta categoria é definida pela ocorrência de uma lesão de nervo periférico como evento inicial.
As manifestações da síndrome desenvolvem-se secundariamente a essa lesão nervosa específica.
A síndrome complexa de dor regional caracteriza-se por uma variedade de sintomas, incluindo:
As causas exatas dessa síndrome ainda não são totalmente compreendidas, mas diversos fatores podem desencadear seu desenvolvimento.
Uma fratura ou outros tipos de lesões físicas são frequentemente citados como gatilhos para o aparecimento da síndrome, com os sintomas podendo surgir até um mês após o evento inicial.
Uma das teorias sugere que os nervos do membro afetado se tornam anormalmente sensíveis, alterando a comunicação entre esse membro e o cérebro.
Esta comunicação alterada pode persistir mesmo depois da resolução da lesão original, levando a dor e outros sintomas que afetam uma área maior do que a lesão inicial.
Além disso, há casos em que a síndrome pode surgir após eventos significativos, como um acidente vascular cerebral (derrame) ou após múltiplas cirurgias.
Existem também situações em que a síndrome se desenvolve sem uma lesão ou trauma identificável, sugerindo que podem existir outros mecanismos biológicos ou genéticos envolvidos.
O diagnóstico da síndrome complexa de dor regional é fundamentalmente clínico, baseando-se na análise dos sintomas e no histórico médico do paciente, uma vez que não existe um teste definitivo para esta condição.
Assim, começamos com uma avaliação detalhada que inclui um exame da história clínica e um exame físico rigoroso para observar sintomas relacionados à síndrome.
Para auxiliar no diagnóstico, utilizamos os critérios de Budapeste, que exigem a presença contínua de sintomas que não podem ser melhor explicados por outra condição.
Esses critérios também envolvem a identificação de manifestações em pelo menos três das quatro categorias seguintes: sensorial, sudomotora/vasomotora, motor/trofismo e dor.
Ademais, podemos utilizar exames complementares.
Isso inclui radiografias, cintilografia óssea, ressonância magnética e termografia, para visualizar mudanças ósseas e alterações na circulação sanguínea e temperatura da pele.
Por fim, testes de função nervosa, como a eletroneuromiografia, também podem ser utilizados para avaliar a integridade e função dos nervos.
Além disso, precisamos excluir outras condições que poderiam causar sintomas semelhantes.
O tratamento da síndrome complexa de dor regional envolve uma abordagem multidisciplinar que visa aliviar a dor, melhorar a função e a qualidade de vida do paciente.
Entre as opções de tratamento estão as medicações, como analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides, opioides, antidepressivos, anticonvulsivantes e corticosteroides, que ajudam a controlar a dor e a inflamação.
Já a fisioterapia é fundamental para melhorar a amplitude de movimento e prevenir a atrofia muscular, enquanto a terapia ocupacional auxilia o paciente a realizar atividades diárias e melhorar a funcionalidade.
Ademais, intervenções como o tratamento por ondas de choque e o bloqueio de nervo periférico, podem aliviar a dor de forma mais direta.
Outras opções terapêuticas incluem biofeedback, acupuntura e terapias com calor ou frio, que podem ser complementares no alívio da dor e do inchaço.
Reforçamos que o tratamento deve ser individualizado e ajustado conforme a resposta do paciente.
Portanto, caso você experimente qualquer sintoma relacionado à síndrome complexa de dor regional, agende uma consulta com um de nossos especialistas para receber um diagnóstico preciso e o tratamento mais adequado para o seu caso!
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