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Luxação no quadril: quais as causas

18 de janeiro de 2024

A luxação no quadril é uma condição ortopédica grave que ocorre quando a articulação do quadril é deslocada de sua posição normal, resultando na separação das superfícies articulares.

Esse tipo de lesão pode ser provocada por diversos fatores e, geralmente, causa dor intensa e limitação dos movimentos.


Nesse sentido, é essencial entender as principais razões por trás da luxação no quadril, considerando fatores traumáticos, anatômicos e patológicos que podem desencadear esse problema.


Dessa forma, é possível adotar medidas preventivas e estratégias de tratamento mais eficazes, contribuindo para a preservação da saúde e funcionalidade da articulação do quadril.


O que é a luxação de quadril?


A luxação no quadril caracteriza-se pelo deslocamento da cabeça femoral do acetábulo, resultando na perda da posição anatômica correta da articulação.


Este quadro, embora não seja comum, é considerado grave e demanda atendimento médico imediato, especialmente quando ocasionado por traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos, motociclísticos ou quedas significativas.


É importante saber que existem diferentes tipos de luxação de quadril, classificados conforme a posição da cabeça femoral no momento do trauma.


A determinação do tipo de luxação depende de fatores como a posição do quadril no momento do incidente, a intensidade e direção da força aplicada, bem como a possibilidade de fratura associada.


Dessa forma, os tipos de luxação incluem:


  • Flexão, adução e rotação interna: podem resultar em luxação posterior, frequentemente sem fratura associada;
  • Flexão parcial, adução parcial e rotação interna: podem gerar luxação posterior, eventualmente acompanhada de fratura;
  • Extensão, hiperabdução e rotação externa: tendem a causar luxação anterior.



De modo geral, a luxação posterior é a mais comum, afetando de 10% a 14% dos pacientes, e tem possibilidade de causar lesão do nervo ciático.


Quais são os sintomas dessa condição?


Os sintomas característicos de uma luxação no quadril incluem:


  • Dor intensa na área do quadril;
  • Edema (inchaço);
  • Manchas roxas;
  • Encurtamento perceptível do membro afetado;
  • Rotação anormal do joelho e do pé para dentro ou para fora;
  • Restrições na mobilidade ou adoção de posturas fixas;
  • Dificuldade de suportar o próprio peso.


Quais as complicações associadas a uma luxação no quadril?


A luxação do quadril, quando não tratada adequadamente, pode acarretar diversas complicações, entre as quais as mais prevalentes são:


  • Necrose da cabeça do fêmur;
  • Artrite, com consequente dor e limitação de movimentos;
  • Lesão neurológica; impactando a sensibilidade e a função motora da região afetada;
  • Ossificação heterotópica, interferindo na função articular e comprometendo a mobilidade;
  • Luxação reincidente.


Assim, diante dessas possíveis complicações, torna-se evidente a urgência de intervenção rápida nos casos de traumas na região do quadril, visando um diagnóstico preciso e um tratamento adequado para prevenir ou minimizar esses desdobramentos.


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Como diagnosticamos a luxação no quadril?



Estabelecemos o diagnóstico da luxação do quadril por meio de uma abordagem abrangente, utilizando informações da história clínica, exame físico ortopédico e exames complementares.


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Dada a variação na posição do membro inferior - dependendo do tipo de luxação do quadril - é fundamental investigar de forma detalhada as posturas fixas da articulação e a presença de bloqueios na mobilidade, que podem ser indicativos da presença de corpos intra-articulares.


Além disso, considerando que os pacientes frequentemente sofrem luxações do quadril como resultado de acidentes de alta energia, é imperativo avaliá-los como vítimas de trauma múltiplo.


Nesse contexto, a avaliação de outros sistemas torna-se essencial para excluir lesões em órgãos adicionais.


Isto se justifica pelo fato de que, em cerca de 95% dos casos, pacientes com luxação do quadril apresentam lesões associadas.


Assim sendo, fica claro que agir com celeridade nos casos de traumas na região é crucial para realizar o diagnóstico e tratamento apropriados.


Como tratar a luxação de quadril?


Inicialmente, busca-se realizar uma redução incruenta no centro cirúrgico, em caráter de urgência.


A redução incruenta é um procedimento fechado que visa corrigir desvios nos ossos ou articulações por meio de manobras ortopédicas específicas.


Na eventualidade em que a redução incruenta não seja viável, recorre-se à realização de uma redução aberta.


No entanto, é importante destacar que a redução incruenta não deve ser tentada em casos de fratura femoral ou quando a presença de fraturas no membro inferior compromete as manobras de redução.


Adicionalmente, durante a cirurgia, conduzimos um teste de estabilidade dinâmica com radiografia para avaliar as condições da articulação do quadril.


Então, após a redução bem-sucedida na fase aguda, o paciente é submetido a uma reavaliação, incluindo a obtenção de novas radiografias e tomografia, para uma análise mais aprofundada das condições da articulação do quadril.


Devemos lembrar que, quanto menor o tempo de luxação, melhor o prognóstico do paciente, a saber: 


  • Menos de 6 horas da luxação – 2 semanas sem carga total e a necrose avascular da cabeça do fêmur fica em torno de 0-10%;
  • Mais de 6 horas de luxação – 8 a 12 semanas sem carga total e a necrose avascular da cabeça do fêmur pode chegar a 40%.


Essa abordagem abrangente visa assegurar a eficácia do tratamento e contribuir para a recuperação adequada do paciente.



Sendo assim, em caso de acidentes que resultem em forte dor no quadril, não deixe de procurar imediatamente o atendimento médico. 

Isso pode fazer toda diferença na sua qualidade de vida e bem-estar!


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