Essa condição, também conhecida como necrose avascular do quadril, é uma preocupação significativa, pois pode levar a sérias complicações e afetar a mobilidade e qualidade de vida das pessoas afetadas.
Assim, a osteonecrose requer acompanhamento médico regular e, em alguns casos, pode necessitar de intervenção cirúrgica para preservar a função da articulação do quadril.
A osteonecrose de quadril, também conhecida como necrose asséptica ou necrose avascular da cabeça femoral, é uma condição médica resultante de um distúrbio na vascularização da cabeça do fêmur, o osso da coxa.
Essencialmente, trata-se de um infarto ósseo que leva à morte do tecido ósseo devido à falta de suprimento sanguíneo adequado.
Esta condição afeta principalmente homens, geralmente entre 30 e 50 anos.
É importante notar que a osteonecrose da cabeça femoral pode ocorrer nos dois lados do quadril, afetando assim ambas as articulações do quadril.
Como resultado da osteonecrose, a cabeça femoral sofre microfraturas e, progressivamente, deformações.
Essas mudanças estruturais contribuem para o desgaste da articulação do quadril, levando a sintomas dolorosos e comprometendo a mobilidade do paciente.
Os sintomas dessa condição estão diretamente relacionados à sua progressão.
Inicialmente, os pacientes podem experimentar uma dor na virilha, que pode surgir de forma súbita ou gradual, muitas vezes irradiando para a coxa ou joelho.
Quando a osteonecrose se mantém estável ou progride lentamente, os sintomas tendem a ser leves ou até mesmo ausentes, podendo persistir por um período prolongado.
Entretanto, à medida que a doença avança, os sintomas também evoluem.
A progressão da osteonecrose pode levar ao colapso da cabeça do fêmur, causando danos à cartilagem e desgaste na articulação.
Então, além da dor, os pacientes também podem apresentar:
Existem diversas teorias e fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da osteonecrose, incluindo:
É crucial entender que o estágio da osteonecrose desempenha um papel significativo no tratamento clínico.
Inicialmente, incentivamos a modificação nos hábitos de vida, incluindo a perda de peso e a prática de atividades físicas de baixo impacto, como andar de bicicleta, exercícios aquáticos ou atividades controladas em academias.
Em alguns casos, o uso de medicamentos e o auxílio de bengalas ou muletas durante crises de dor podem ser necessários.
É importante notar que o uso de bifosfonatos e condroprotetores é discutido no tratamento da osteonecrose, mas sua eficácia pode variar de paciente para paciente.
A fisioterapia desempenha um papel essencial no tratamento, contribuindo para o alívio da dor e o reequilíbrio muscular.
Ademais, atualmente, há a opção de tratamento com ondas de choque para casos de osteonecrose.
Por fim, em algumas situações, também podemos realizar a infiltração articular para aliviar os sintomas da doença.
Quando o tratamento conservador não é eficaz, pode indicar que a necrose já atingiu estágios avançados, e nesses casos, a abordagem cirúrgica pode ser a melhor opção.
A escolha do procedimento cirúrgico específico deve ser personalizada para cada paciente, considerando o estágio da doença, a idade, o nível de atividade e a amplitude de movimento.
Em geral, existem três tipos de procedimentos cirúrgicos que podem ser considerados:
Descompressão da cabeça femoral
Este procedimento visa aliviar a pressão na cabeça do fêmur para promover a circulação sanguínea adequada.
Osteotomias
Envolve mudanças na posição dos ossos da articulação do quadril para melhorar a distribuição do peso e reduzir o estresse na área afetada.
Nesse caso, a articulação do quadril é substituída por uma prótese, restaurando a função da articulação.
A escolha entre essas opções cirúrgicas dependerá das circunstâncias individuais do paciente e da extensão da osteonecrose.
Na maioria dos casos, as radiografias do quadril são suficientes para identificar a osteonecrose na cabeça do fêmur.
Porém, em estágios mais iniciais da condição, a investigação pode incluir a realização de cintilografias ósseas e ressonância magnética nuclear.
A ressonância magnética nuclear é considerada o exame de referência (padrão-ouro) para o diagnóstico, uma vez que permite avaliar a extensão da necrose na cabeça do fêmur e fornecer informações valiosas sobre o prognóstico.
Além disso, a ressonância magnética também é capaz de diferenciar a necrose da cabeça do fêmur de outras patologias, como a osteoporose transitória do quadril e fraturas por insuficiência na cabeça do fêmur.
Isso torna a ressonância magnética um instrumento fundamental para a identificação precisa da osteonecrose e a elaboração do plano de tratamento adequado.
Assim, reforçamos que é essencial buscar a avaliação detalhada ao sentir dores incomuns no quadril.
Agende uma consulta com um de nossos especialistas imediatamente e dê o primeiro passo para recuperar o seu bem-estar!
Responsável Técnico: Dr. André Kirihara | Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.