Esses estalos, muitas vezes, são observados em pessoas que realizam movimentos repetitivos e fisicamente exigentes com o quadril, sendo mais comuns em determinados grupos, como dançarinos, ginastas e atletas.
Além disso, existem diferentes tipos de ressaltos, como o externo, interno e intra-articular, cada um associado a suas próprias origens e sintomas.
Dessa forma, é essencial compreender as origens desse problema para um diagnóstico preciso e, consequentemente, para determinar a melhor forma de tratamento.
Identificamos a síndrome de ressalto no quadril pela sensação de estalo durante a flexão ou extensão desta articulação.
Esses estalos são frequentemente observados em indivíduos que realizam movimentos repetitivos e fisicamente exigentes com o quadril.
Além disso, a repetida flexão do quadril pode resultar em lesões.
Consequentemente, certos grupos de pessoas são mais suscetíveis a essa condição, como dançarinos (comumente chamado de "quadril de dançarinos"), ginastas, atletas de atletismo, jogadores de futebol ou qualquer praticante ativo de esportes.
Especificamente no levantamento de peso excessivo ou na prática de corrida, o estalo no quadril muitas vezes é associado ao espessamento acentuado dos tendões na região do quadril.
Geralmente, o estalo nessa região é um fenômeno indolor e involuntário.
No entanto, em casos menos comuns, pode ser doloroso e até mesmo voluntário.
Adicionalmente, em muitas instâncias, o paciente consegue reproduzir o estalo.
O paciente com esta condição pode sentir dor, que tende a diminuir com repouso e redução da atividade, mas, inversamente, pode se intensificar durante a prática de atividades.
Também é possível que a bursa subjacente inflame, resultando em uma síndrome dolorosa do quadril externo.
Ademais, se o paciente relatar sensações de clicar ou travar o quadril, isso pode indicar a presença de uma patologia intra-articular.
Esses sintomas variados exigem uma avaliação cuidadosa para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento eficaz.
Existem distintos tipos de estalos que variam de acordo com suas possíveis origens, confira abaixo:
Ressaltos Externos
Este tipo de estalo é o mais comum e pode ser atribuído ao movimento dos tendões e músculos sobre as estruturas ósseas na articulação do quadril.
Isso inclui o deslizamento do tensor da fáscia lata, da banda iliotibial ou do tendão do glúteo médio sobre o grande trocânter.
Dessa forma, o movimento normal do quadril pode se transformar em uma síndrome de ressalto quando uma dessas bandas de tecido conjuntivo engrossa e fica presa durante o movimento, gerando atrito.
Ressaltos Internos
O ressalto interno ocorre devido ao deslizamento do tendão do iliopsoas sobre várias possíveis estruturas, como a cabeça femoral, a crista iliopectínea proeminente, as exostoses do trocânter menor e a bursa do iliopsoas.
Durante a flexão do quadril, o tendão se move lateralmente em relação à cabeça do fêmur, enquanto na extensão do quadril, o movimento é medial.
Esse deslocamento sobre a cabeça femoral é responsável pelo ressalto no quadril.
Ressaltos intra-articulares
Neste cenário, o ressalto é causado por corpos livres na articulação do quadril, decorrentes de problemas como condromatose sinovial, lesões labrais, lesões de cartilagem ou subluxação do quadril.
O diagnóstico do estalo no quadril envolve uma avaliação abrangente realizada por um especialista em quadril, utilizando anamnese e exame físico.
No caso do ressalto externo, geralmente visível, podemos confirmar pela palpação do trocânter maior durante a flexão ativa do quadril, onde a aplicação de pressão pode interromper o estalo.
O Teste de Ober é uma ferramenta adicional que ajuda a identificar a tensão do tensor da fáscia lata.
Para o ressalto interno, reproduzimos o travamento movendo passivamente o quadril de uma posição de flexão, abdução e rotação externa para uma posição de extensão, adução e rotação interna.
Além dessas manobras, exames de imagem, como radiografias, auxiliam para descartarmos a hipótese de outras condições, como a condromatose sinovial.
O ultrassom é útil para um estudo dinâmico, destacando a banda de travamento tanto no ressalto interno quanto no ressalto externo.
A ressonância magnética é empregada para descartar patologias intra-articulares.
O tratamento para o estalo no quadril, geralmente, varia com base na natureza do estalo.
Em muitos casos, estalos internos e externos são benignos, sem dor significativa, e podem não exigir intervenção.
Porém, quando necessário, adotamos uma abordagem conservadora que envolve fisioterapia motora para corrigir possíveis anormalidades biomecânicas que contribuem para o ressalto.
Além disso, a realização de alongamentos em músculos tensos, como o iliopsoas ou banda iliotibial, é incorporada para prevenir a recorrência do fenômeno.
Para aliviar sintomas dolorosos, podemos prescrever medidas como hidratação, medicamentos anti-inflamatórios, repouso e aplicação de gelo, geralmente por um período mínimo de 48 a 72 horas após o início da dor.
Também podemos recomendar a modificação da atividade física como parte do tratamento.
Já em casos mais específicos, pode-se considerar a infiltração da bursa como uma opção terapêutica para reduzir a inflamação e aliviar os sintomas associados ao estalo no quadril.
Se você apresenta sintomas de estalo no quadril, recomendamos que busque um de nossos ortopedistas especialistas para uma avaliação precisa e um plano de tratamento personalizado.
Agende sua consulta para iniciar o cuidado adequado para sua condição!
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