Dor na ATM: causas e tratamento
A dor na ATM, a articulação temporomandibular, é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, impactando significativamente a qualidade de vida.
Diversas são as causas que podem desencadear desconforto e limitações funcionais nessa complexa articulação, responsável pelos movimentos da mandíbula.
As origens da dor na ATM são multifatoriais, abrangendo desde tensão muscular até desarranjos internos da articulação e condições inflamatórias, como a artrite.
Assim sendo, compreender as causas da dor na ATM é fundamental para desenvolver estratégias terapêuticas eficazes, visando restaurar a função mandibular e aliviar o desconforto associado a essa condição.
O que é a dor na ATM e quais as causas para essa condição?
A dor na Articulação Temporomandibular (ATM) é uma condição que pode ter grandes impactos na qualidade de vida do paciente.
Ademais, caso não receba o devido tratamento, a condição pode evoluir para complicações importantes.
As causas da disfunção temporomandibular podem variar e incluem:
- Predisposição genética;
- Bruxismo (ranger de dentes);
- Estresse, depressão e ansiedade;
- Traumas na região orofacial;
- Malformações esqueléticas;
- Posição dos dentes na arcada dentária;
- Artrite ou artrose na articulação temporomandibular;
- Hábitos, como mascar chicletes e roer unhas.
Observa-se também que a dor na ATM ocorre com maior frequência em mulheres do que em homens, possivelmente relacionada aos hormônios femininos.
No entanto, é importante ressaltar que há casos de pacientes do sexo masculino que também sofrem com essa disfunção.
Os pacientes podem apresentar uma ou mais dessas condições simultaneamente, complicando a abordagem do tratamento.
Quais são os sintomas que podem acompanhar a dor na ATM?
O sintoma primário associado à ATM frequentemente se manifesta como dor nos músculos da mastigação ou na própria articulação da mandíbula. Além disso, outros sinais incluem:
- Dor que irradia pelo rosto, mandíbula ou pescoço;
- Rigidez muscular na mandíbula;
- Restrição de movimento ou bloqueio da mandíbula;
- Sons dolorosos, como cliques, estalos ou ralados, na articulação ao abrir ou fechar a boca;
- Alteração na oclusão dentária, modificando a forma como os dentes superiores e inferiores se encaixam.
Esses sintomas podem ser consideravelmente desconfortáveis, indicando a necessidade de busca por assistência médica.
Assim, a orientação do especialista é essencial para iniciar um tratamento adequado, visando aliviar os sintomas associados aos distúrbios da ATM e promover a restauração da função mandibular.
Como realizamos o diagnóstico da dor na ATM?
Atualmente, não existe um teste padrão universalmente aceito para diagnosticar de maneira conclusiva os distúrbios da articulação temporomandibular (ATM).
Dada a falta de clareza sobre as causas e sintomas específicos desses distúrbios, a identificação adequada pode representar um desafio.
Dessa forma, é imperativo contar com a expertise de um profissional experiente que, por meio da observação atenta dos sintomas, análise detalhada do histórico médico e exame minucioso das áreas afetadas, possa conduzir uma avaliação precisa.
O exame físico abrange regiões como cabeça, pescoço, rosto e mandíbula, visando identificar sensibilidade, estalos ou limitações de movimento.
Além disso, a solicitação de exames de imagem, como radiografias, pode ser uma etapa relevante no processo diagnóstico.
Reforçamos que uma abordagem cautelosa durante o processo de diagnóstico assegura que a origem dos sintomas seja corretamente identificada, permitindo a implementação de um plano de tratamento eficaz.
Como podemos tratar a dor na ATM?
Devido à necessidade de mais pesquisas sobre a segurança e eficácia de diversos tratamentos para distúrbios musculares e articulares da mandíbula, recomendamos a adoção de abordagens conservadoras e reversíveis.
Estes tratamentos priorizam a não invasão dos tecidos faciais, mandibulares ou articulares, evitando procedimentos cirúrgicos e mudanças permanentes na estrutura ou posição da mandíbula e dos dentes.
Mesmo em casos persistentes de distúrbios da ATM, muitos pacientes não necessitam de intervenções agressivas.
Nesse sentido, as abordagens conservadoras incluem:
- Uso temporário de analgésicos de venda livre ou anti-inflamatórios;
- Utilização de talas de estabilização ou protetores de mordida, ajustados aos dentes superiores ou inferiores, proporcionando alívio;
- Fisioterapia.

Importante ressaltar que, caso seja recomendado o uso de talas de estabilização, estas devem ser empregadas por um curto período, evitando alterações permanentes na oclusão dentária.
Na fisioterapia, o objetivo é restaurar a função da articulação por meio de técnicas que visam melhorar a mobilidade, como a amplitude de abertura da boca, e fortalecer os músculos responsáveis pela sustentação e mastigação.
Já a substituição cirúrgica das articulações da mandíbula por implantes artificiais, por exemplo, pode acarretar dor intensa e danos permanentes.
Além disso, há riscos associados, como falhas no funcionamento dos dispositivos ou sua eventual quebra ao longo do tempo.
A falta de tratamento adequado para esta condição pode resultar em agravamento dos sintomas e complicações.
Então, o paciente poderá enfrentar dificuldades significativas, como problemas na alimentação, distúrbios do sono e limitações nas atividades diárias devido à persistência da dor na ATM.
É possível prevenir essa condição?
Adotar algumas medidas simples pode desempenhar um papel crucial na prevenção e controle dos distúrbios da ATM.
Algumas dessas práticas incluem:
- Evitar mastigar chicletes: reduzir a atividade mastigatória excessiva ajuda a aliviar a sobrecarga na articulação temporomandibular;
- Evitar morder a comida com os dentes da frente: distribuir a pressão durante a mastigação evita o estresse desnecessário em áreas específicas da mandíbula;

- Moderar o bocejo: evitar bocejar excessivamente pode contribuir para a prevenção de desconfortos na articulação temporomandibular;
- Evitar roer as unhas: este hábito pode aumentar a tensão nos músculos da mandíbula, contribuindo para o agravamento dos distúrbios da ATM;
- Evitar cerrar os dentes: evitar o hábito de apertar os dentes, especialmente durante situações de estresse, pode reduzir a tensão na articulação;
- Não descansar o queixo na mão: apoiar frequentemente o queixo na mão pode levar a uma postura mandibular inadequada.
No entanto, caso você sinta dor na ATM ou outros sintomas relacionados, agende uma consulta com um de nossos especialistas o quanto antes e dê o primeiro passo para recuperar o seu bem-estar!