Artrite crônica: conheça os tratamentos disponíveis

Essa doença não possui cura, mas os avanços na medicina têm possibilitado uma variedade de tratamentos eficazes que ajudam a gerenciar os sintomas e a retardar a progressão da doença.

Assim, é importante estar ciente das diferentes abordagens disponíveis para a artrite crônica, desde opções não cirúrgicas até intervenções mais invasivas.

O que é a artrite?

A artrite é uma condição caracterizada pela inflamação das articulações, que pode causar dor, inchaço, rigidez e perda de movimento ao longo do tempo.

É uma doença crônica, o que significa que geralmente se desenvolve e agrava progressivamente.

Diversas articulações do corpo podem ser afetadas, e a condição pode envolver também outros órgãos, como pele, olhos e coração.

Quais são os fatores de risco da artrite crônica? 

As causas da artrite variam, dependendo do tipo específico da doença.

Alguns dos principais fatores de risco incluem:

• Genética: muitas formas de artrite têm um componente genético, que aumenta a predisposição de uma pessoa para desenvolver a condição;
• Sistema imunológico hiperativo: na artrite inflamatória, como a artrite reumatoide, o sistema imunológico ataca por engano os tecidos saudáveis do corpo, especialmente a sinóvia que reveste as articulações;
• Desgaste e envelhecimento: a osteoartrite é comumente causada pelo desgaste das articulações ao longo dos anos, onde a cartilagem que protege as extremidades dos ossos se desgasta;
• Infecções: alguns microrganismos, como bactérias ou vírus, podem infectar as articulações e potencialmente desencadear o desenvolvimento de formas reativas de artrite;
• Lesões: lesões nas articulações podem contribuir para o desenvolvimento de osteoartrite em particular, mesmo muitos anos após a ocorrência da lesão;
• Estilo de vida e fatores ambientais: fatores como o tabagismo e a obesidade não só aumentam o risco de desenvolver artrite, mas também podem afetar a gravidade da doença.

Quais são os sintomas da artrite?

Os sintomas da artrite podem variar bastante dependendo do tipo de artrite e da severidade da condição.

Os sintomas mais comuns incluem:

• Dor articular;
• Rigidez articular;
• Inchaço das articulações;
• Redução da amplitude de movimento;
• Sintomas sistêmicos;
• Claudicação ou dificuldade para caminhar.

Por isso, reforçamos que o reconhecimento precoce desses sintomas e o subsequente tratamento médico são essenciais para gerenciar a artrite efetivamente e minimizar seus efeitos sobre a qualidade de vida.

Como realizamos o diagnóstico?

O diagnóstico de artrite geralmente começa com uma consulta médica, onde investigamos o histórico do paciente e os sintomas relatados.

Durante a consulta, também realizamos um exame físico completo para avaliar a condição das articulações, verificar sinais de inflamação e analisar a amplitude de movimento.

Para complementar a avaliação, são solicitados exames de imagem.

Radiografias são úteis para visualizarmos as condições das articulações, identificando possíveis afinamentos dos ossos, erosões, perda de espaço articular ou acúmulo de fluido.

Embora as radiografias possam ser suficientes em muitos casos, outros métodos de imagem, como ressonância magnética ou ultrassom, podem ser necessários para um diagnóstico mais detalhado.

Além disso, exames laboratoriais de sangue são importantes para detectar a presença de marcadores específicos, como o fator reumatoide ou outros anticorpos associados a tipos inflamatórios de artrite.

Como é o tratamento da artrite crônica?

Embora a artrite crônica não tenha cura, existem várias estratégias de tratamento que visam minimizar a destruição das articulações e melhorar a qualidade de vida do paciente.

O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar com a participação de reumatologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, especialistas em reabilitação e cirurgiões ortopédicos.

As opções de tratamento não cirúrgico incluem:

• Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): medicamentos que ajudam a aliviar a dor e reduzir a inflamação;
• Corticosteroides: alguns medicamentos, como a prednisona, oferecem potentes efeitos anti-inflamatórios;
• Medicamentos anti-reumáticos modificadores da doença (DMARDs): tais como metotrexato e sulfassalazina, que atuam no sistema imunológico para retardar a progressão da doença;
• Fisioterapia motora: exercícios específicos para aumentar a amplitude de movimento e fortalecer os músculos ao redor da articulação afetada;
• Dispositivos de assistência: o uso de bengalas, andadores ou muletas pode facilitar a mobilidade e as atividades diárias;
• Exercícios regulares e moderados: essenciais para diminuir a rigidez e melhorar a mobilidade da articulação.
• Terapia por ondas de choque: pode ajudar a diminuir a inflamação e controlar a dor.