Essa enfermidade pode impactar diversas articulações, sendo mais comumente associada a problemas nos joelhos, quadris e pequenas articulações das mãos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a artrose representa uma significativa parcela das consultas em ambulatórios reumatológicos, correspondendo a 30 a 40% do total.
A artrose é caracterizada pela degeneração e desgaste da cartilagem articular com diminuição da lubrificação e aumento da inflamação.
Comumente agrupada sob o termo "reumatismos", a artrose destaca-se como a condição mais frequente, representando um percentual considerável das consultas em ambulatórios reumatológicos.
Além disso, a artrose tem um impacto significativo nas questões laborais, sendo responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho.
Em termos demográficos, a artrose demonstra uma tendência a se desenvolver mais em mulheres, embora essa prevalência varie de acordo com a localização no corpo.
Por exemplo, nas mãos e joelhos, a ocorrência é mais comum em mulheres, enquanto na articulação coxofemoral, entre o fêmur e a bacia, é mais predominante em homens.
A artrose pode se apresentar como uma condição sem uma causa específica conhecida (artrose primária) ou associada a motivos particulares (artrose secundária).
Diversos fatores podem desencadear essa doença, tais como defeitos nas articulações e alterações metabólicas.
A hereditariedade desempenha um papel relevante, especialmente em casos específicos, como os nódulos nos dedos das mãos, conhecidos como nódulos de Heberden (na junta da ponta dos dedos) ou Bouchard (na junta do meio dos dedos).
Conforme informações do National Health Service do Reino Unido (NHS.UK), outros fatores de risco incluem:
A artrose manifesta-se primariamente por meio de dor, rigidez e restrições nos movimentos articulares.
Além desses sintomas fundamentais, alguns indivíduos também podem experienciar:
A intensidade dos sintomas varia consideravelmente de pessoa para pessoa e depende da articulação comprometida.
Em alguns casos, os sintomas podem se apresentar de maneira leve, com períodos intermitentes, enquanto, em situações mais severas, os pacientes enfrentam dificuldades persistentes que impactam suas atividades diárias.
Reforçamos que somente através da consulta a um profissional qualificado será possível confirmar o diagnóstico e obter a prescrição do tratamento adequado.
Essa abordagem é essencial para garantir uma gestão eficaz da condição e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Embora não seja possível prevenir completamente a artrose, é possível reduzir o risco de desenvolver a doença adotando medidas preventivas e mantendo um estilo de vida saudável.
Atividade Física
Evitar exercícios que sobrecarregam as articulações, como corrida e musculação excessiva, é crucial.
Em vez disso, optar por atividades como natação e ciclismo, que impõem menos pressão nas articulações.
Praticar pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana, juntamente com exercícios de fortalecimento muscular em 2 ou mais dias, ajuda a fortalecer os principais grupos musculares.
Postura Adequada
Manter uma postura adequada e evitar permanecer na mesma posição por longos períodos também contribui para a prevenção de danos nas articulações.
No caso de trabalho em home office, é recomendável ajustar a altura da cadeira e fazer pausas regulares para movimentar-se.
Controle do Peso
Para aqueles que estão acima do peso, perder peso pode ser benéfico, pois reduz a carga nas articulações, diminuindo assim as chances de desenvolver a doença.
Geralmente, suspeitamos da doença quando o paciente apresenta 50 anos ou mais, experimenta dores articulares agravadas pelo uso e manifesta rigidez articular com duração inferior a 30 minutos, não sendo comum pela manhã.
Podemos observar também crepitação, dolorimento ósseo e discreto aumento de temperatura.
Variações nos sintomas podem sugerir outras condições articulares, como por exemplo, a artrite reumatoide que causa rigidez prolongada da articulação pela manhã.
Embora exames de imagem não sejam rotineiramente necessários, podem ser solicitados para descartar outras condições, como artrite reumatoide ou fratura óssea.
É preciso estar ciente que a artrose não possui cura, porém, existem diversas opções de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas.
Então, para casos leves, exercícios regulares, perda de peso em situações de obesidade, uso de calçado adequado e dispositivos especiais para reduzir a pressão nas articulações durante atividades diárias, podem ser eficazes.
Para sintomas mais severos, tratamentos adicionais, como uso de analgésicos e planos de exercícios estruturados com fisioterapeutas ou educadores físicos, podem ser indicados.
Em situações em que essas abordagens não são eficazes ou em casos de danos articulares graves, procedimentos mais invasivos como as infiltrações podem ser considerados para alívio dos sintomas.
Em alguns casos, a cirurgia para reconstrução, fortalecimento ou substituição de uma articulação danificada pode ser recomendada.
Assim sendo, caso você identifique um dos sinais associados à artrose, agende uma consulta com o especialista o quanto antes.
Recupere o seu bem-estar e evite complicações futuras!
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